Mais um blog de poemas?

A poesia como arte, objetiva o quebrar das correntes dos formalismos técnicos e acadêmicos que nossas profissões nos impõem, tornando a leitura poética, uma viagem ao éden do pensamento humano e dos prazeres para saciar a fome literária.

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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Lusofonia do Internetês


A Lusofonia do Internetês


Esses tempos marotos, que nos trouxeram o advento das mídias sociais, nos trouxeram também a terceirização do nosso idioma, o qual relegamos ao segundo plano, quando nosso tempo cada vez mais escasso, nos impele à digitação rápida, e a economia de um conteúdo cada vez mais digestível.
Está sendo muito comum, constatar nas mídias sociais, as atribuições de frases à autores, cuja autoria nem temos a certeza de propriedade. O “colar e copiar” tornou-se a ferramenta preferida dos insones internautas, que utilizam as redes sociais para difundir suas ideias e para uma comunicação breve.
Temos uma dicotomia com relação a esse assunto pedagógico-midiático, por um lado os professores doutrinados nas faculdades, e que tiveram que ler toneladas de livros de estrutura rebuscada e antiga, defende uma reeducação dos usuários, na forma de se comunicar pela rede, equacionando assim os problemas com a nossa língua nativa.
Por outro lado, grupos de web-bloggers e defensores de uma internet livre, levantam a bandeira da criação de uma linguagem mais curta, uma espécie de idioma baseado em acrônimos e siglas e que cuja fluidez de escrita, seja o axioma da rede mundial de computadores.
Nessa visão, que remete ao personagem Alex do filme Laranja Mecânica de Stanley Kubrick, cuja linguagem, nos remetia à um futuro não muito longínquo, admiramos um novo mundo, que se abre além dos idiomas de fronteiras geográficas, mas também os de fronteiras digitais, pois temos um idioma para o trabalho (o erudito-formal), pra nossa casa (o informal), e os das redes sociais – e alguém se arrisca a nomear esse idioma?
Nossa lusófona língua materna, que é tão elogiada nas poesias, nas artes, na música, parece que ao chegar às telas dos nossos computadores, revela ser um incômodo recurso de comunicação, fazendo com nossos artelhos superiores, cometam todo tipo de assassínio contra a língua de Camões.
Será que é possível então, num mundo tão globalizado em que já nos obrigamos por forças profissionais a aprender outros idiomas, a ter que adotar mais um para as mídias sociais?
Sem uma resposta concreta para isso, afinal prever comportamentos e tendências, que achávamos que era coisa da moda, agora passa a fazer parte do nosso cotidiano:  o cenário caótico das palavras perdidas no ambiente virtual, implora para estarmos conectados com esse novo universo para podermos traduzir e conhecer os modismos da língua trazida por Cabral até Pindorama.


Curiosidades...



Por: Mauricio Legionario Soares
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