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A poesia como arte, objetiva o quebrar das correntes dos formalismos técnicos e acadêmicos que nossas profissões nos impõem, tornando a leitura poética, uma viagem ao éden do pensamento humano e dos prazeres para saciar a fome literária.

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Empreender para educar – Rumo à uma nova filosofia pedagógica.


Olá leitores!

Vocês já pararam para pensar, em quantos estímulos sensoriais, em quanta informação cognitiva nós armazenamos durante uma vida? E essa cadeia de informações, associadas a eventos, emoções, percepções que são captadas pelo organismo e interpretadas pelo cérebro, vai moldando nosso caráter, nosso perfil, nosso modo de pensar e agir, até se tornar quem realmente somos!
Bem leitores, o fato de esse seu narrador estar divagando sobre esse assunto, é que dessa tapeçaria de informações que a experiência física coleta, é que determinará o nosso grau de erudição, conhecimento, habilidades e atitudes.
É claro que vários fatores influem na formação sociocultural de um cidadão, dentre os quais podemos citar os familiares, ambientais, socioeconômicos e religiosos. Sim cito os religiosos, porque apesar de residirmos num país cujo estado é laico, os fatores regionais, as festas populares cujo sincretismo religioso tem um pano de fundo histórico, molda a vida cotidiana de uma maneira bem abrangente.
Existe hoje um consenso comum, que só o conhecimento obtido através de anos de estudos, é que fornecerá toda a capacitação necessária para um cidadão exercer um cargo influente e assumir uma posição de destaque na sociedade moderna. Então por que ainda nosso amado país ocupa uma indigesta posição no ranking da educação?
Apesar dos avanços obtidos pelo governo, na melhoria da qualidade do nosso ensino, por que o país permanece  atrás de países como Botswana, em 88° lugar?
A resposta pode ser dada como uma falta de mentalidade voltada para novos caminhos, novos modelos de educação. Sabe aquela velha história de que uma casa para ser bem fabricada começa com um alicerce sólido e bem estruturado! Pois é leitores é mais ou menos assim que a banda toca.
Nosso sistema de ensino é falho, porque o modelo adotado, não corresponde mais ao cenário atual de globalização. Apesar de o Brasil ter conseguido um exponencial avanço no Ensino Superior, a nossa base educacional ainda está a anos-luz dos países desenvolvidos.
As escolas subsidiadas pelo governo estão com suas estruturas tanto físicas como pedagógicas, na pré-história. A começar pela sua estrutura física, onde encontramos todos os tipos de irregularidades, tanto construtivos, como de falta de manutenção, falta de suprimentos de trabalho, de segurança e de mão de obra qualificada.
Nosso modelo de ensino está com uma configuração tão arcaica que não traz nenhuma motivação ao corpo discente, que alijadas pela falta de um modelo pedagógico que ensine através do ludismo, permanece no arcadismo burocrático da mazela estatal.
Países como a Alemanha e Canadá, removeram de suas salas de aula o modelo convencional, das carteiras enfileiradas, com os alunos projetados pra a frente, seguindo atentos o professor.
No novo método, os alunos são convidados a participar de uma: “roda de debates”, onde sentados em círculo, o professor cria uma situação hipotética, baseada em problemas encontrados no cotidiano, sendo que depois em grupos os alunos em concordância entre si, desenvolvem a resolução de tal problema, baseados na percepção e no aprendizado, pautando essa resolução em questões éticas e sociais.
É claro que esse modelo, não permanece só nessa vertente, uma série de atividades, é desenvolvida por profissionais para o desenvolvimento cognitivo pedagógico não cair numa mesmice e acabar tornando-se obsoleta. Dinâmicas de grupo com assuntos atuais, rodas de discussão e debate, aulas extraclasse, visitas à museus e organizações artísticas, aulas de música e artes, práticas de laboratório, entre muitas outras contribuem para o aumento do conhecimento da realidade e cenário atual.
O que fica claro é que por lá eles com certeza, não investem apenas 5% do PIB de seu orçamento, pois para financiar toda essa estrutura e capacitar os profissionais necessários pra essa empreitada, uma visão mais abrangente e mais coerente, se faz necessária para se elevar o país a um patamar de nível aceitável em termos de educação.

Por: Mauricio Legionário Soares

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