Mais um blog de poemas?

A poesia como arte, objetiva o quebrar das correntes dos formalismos técnicos e acadêmicos que nossas profissões nos impõem, tornando a leitura poética, uma viagem ao éden do pensamento humano e dos prazeres para saciar a fome literária.

Termos de Uso

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O homem de madeira

Bom dia leitores!!

A poesia de hoje faz alusão ao nosso instrumento de trabalho: o lápis, instrumento em termos né, pois a tecnologia substituiu, esse precursor da comunicação, por outros dispositivos mais tecnológicos...facilitando assim a jornada poética.
Existe uma discordância, entre os poetas mais jovens, e os mais puristas, com relação ao uso da tecnologia, na preparação redacional de qualquer obra literária, pois na visão desses últimos, com o advento dos aplicativos o escritor perde o hábito da leitura, ao apegar-se as consultas automáticas que o "Grande Irmão" proporciona. Isso gera uma dependência, digamos: quase de ordem psíquica, pois causa uma estagnação mental improdutiva que impede o avanço da criatividade. - Na visão dos puristas ok!
Em contrapartida, os meios eletrônicos, auxiliam na busca por dicionários, que contribuem para o aumento da riqueza léxica e gramatical, e assim busca formas de compreendermos a linguística de uma forma geral, para o aprimoramento dos textos.
Creio eu, que o uso das ferramentas de gravação de nossos pensamentos, nossas loucuras, aspirações, medos, e outras alucinações, possa ser diversificado para cada ocasião de nossas vidas, não ficando presos, à nenhum meio que possa escravizar...Pois, um caderninho que seja, ou uma boa agenda, na hora daquela ideia brilhante, quando todos os meios eletrônicos se encontram ausentes por completo, funcionam com uma eficácia, até superior, do que as rebuscadas artimanhas tecnológicas.

Boa leitura à todos!

© Copyright 2013 por Legião de Palavras. Todos os direitos reservados.


A jornada do homem de madeira

Um lápis resolveu
Escrever sobre a vida
Deu tantas guinadas
Que o apontador companheiro
Fundiu a lâmina
Na última tentativa

Substituído pela caneta
Vagou ermo o estrangeiro
Aportou em poéticas rasuras
Que a amadeirada história
Quis tirar-lhe em formosura
Seu objetivo seresteiro

Em sua bucólica jornada
Apaixonou-se pela folha
Que levada ao dissabor
Do vento tornou-se namorada
Tornando assim nosso herói
Refém da borracha, sem escolha

Sem dúbio final
Aportou nas mãos desse poeta
Parceria de semanas à fio
Tracejava sem planos nem meta
Vindo à morrer
De sua própria altura
Mas não de queda ou valia
Mas da sua estatura
Cuja mão, já não cabia

Por: Mauricio Legionario Soares




Licença Creative Commons
O homem de madeira de Mauricio Legionario Soares está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em www.legiaodepalavras.blogspot.com.br.