Mais um blog de poemas?

A poesia como arte, objetiva o quebrar das correntes dos formalismos técnicos e acadêmicos que nossas profissões nos impõem, tornando a leitura poética, uma viagem ao éden do pensamento humano e dos prazeres para saciar a fome literária.

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sábado, 31 de agosto de 2013

A argumentação dos neurônios embriagados!

Grande dia amigos!!!

O poema de hoje politiza a religião e/ou espiritualiza a política? Fica difícil traçar um panorama argumentativo, quando o autor gosta de polemizar - e geralmente é rechaçado ou até hostilizado por isso - as pessoas acham que certos temas devem ser deixados no ocaso do esquecimento pelo fato de estarmos interagindo com pessoas de tantos credos, tantas posições políticas e sociais. Tem medo de ofender uma determinada classe, fazendo julgamentos ou afirmações sobre suas próprias convicções.
Isso é uma fobia esdrúxula, pois nos expressar, faz parte de nossa natureza e não deveria sofrer demérito nenhum, por parte de tabus ou impedimentos éticos. O que deve haver é sim o respeito e a moderação equilibrada ao se fazer críticas, uma parcimônia que deve pautar as relações, mantendo a cordialidade e a mútua aceitação de ideias.

Um grande final de semana à todos!!!

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A argumentação dos neurônios embriagados!

O útero desse planeta
Está ficando seco
Uma tormenta de ideias
Se convulsiona com o desejo
Da tempestade dos efêmeros

Árvores de discórdia
Plantadas no quintal da miséria
Por onde caminha a opulência
Dos quadros pendurados na parede carcomida
Dos vestidos maltrapilhos de Quitéria

É naquela bendita caixa – falante
Que a turba deposita sua convicção
Transforma notícia, em evangelho
Em horário nobre, comunga com o âncora
Converte o novo pensamento em ultra-religião

Mas e eu? A semântica me abandonou!
Houve um vácuo de pronomes e adjetivos
Uma fuga da concordância nominal
Um êxodo literal do conformismo
Um espasmo da morfologia gramatical

Redundante como a soma de teus dedos
Falacioso como o espiral de teu umbigo
Audaciosa como tua sobrancelha
A avisar que o destino já chegou
E que Pindorama só necessita de trigo

Por: Mauricio Legionário Soares





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