Nós, poetas e escritores, temos um inferno dentro de nós! Não aquele descrito por Dante Alighieri na Divina Comédia, bem pelo menos não no sentido descritivo!
É um inferno emocional, cujo momento quer se traduzir em letras dispostas e organizadas, para explodir em pregos perfurando a madeira do espírito, em crucifixão de sentimentos. Desculpem o tsunami de metáforas, é assim que procuramos chamar a atenção para os nossos manuscritos, tentando propagar numa esfera vibracional um apunhado de solfejos pictográficos...
Deixando o rebuscamento de lado...O poema de hoje, assim como o livro de Dante faz uma inflexão para dentro de nós mesmos, um corte na alma, para que avaliemos nossas posições, e nossas atitudes com relação ao mundo e as pessoas que nos cercam. Procura questionar o indivíduo, mesmo que a pergunta fique subentendida.
Um abração à todos!!!!
Mauricio Legionario Soares
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Somente
Semente
Ser mente
Simplesmente
Um simples mente
Do ser que é “ente”
Ambiguidades da nave terra
Fadados a ser o furo do casco
Enraizados no cerne do mundo
Putredinosos no seio do universo
Plantamos as artes, a tecnologia
Evoluímos nossa medicina
Mas a comunicação que é bom
Vive em retrógrada caminhada
Caíram nossas orelhas
Vilipendiados vivem nossos ouvidos
O monstro do egocentrismo
Gesta em direção à guerra
Consome o altruísmo hominídeo
Empaturra-se com a raiva coletiva
Que o Grande Arquiteto Universal
Aponte seu escudo para essa horda
Que quer fazer dos seus olhos
Rios de tamanha tristeza
E semente de tua ira adormecida
12/09/2013
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