Mais um blog de poemas?

A poesia como arte, objetiva o quebrar das correntes dos formalismos técnicos e acadêmicos que nossas profissões nos impõem, tornando a leitura poética, uma viagem ao éden do pensamento humano e dos prazeres para saciar a fome literária.

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Estado laico?

Olá leitores!

Sim este é o título da postagem de hoje! Uma interrogação! Aliás, uma interjeição interrogativa, pois ao respondê-la caímos na armadilha de nossas convicções.
No Brasil o estado não sofre interferência da igreja, assim vice-versa, configurando o estado laico.
Bom na prática isso é um pouco diferente, pois nossa mídia tendenciosa, abre um precedente para que as massas pratiquem sua religiosidade através da massificação e da nauseante saturação de informações à respeito de eventos religiosos e visitas ilustres de autoridades eclesiásticas.
Assunto espinhoso esse, deve estar se perguntando o leitor agora: mas que é necessária sua reflexão, pois a religião, também sempre esteve ligada as artes, a literatura, servindo de plataforma de conhecimento, e moldando nossos valores.
Não, leitor! Não quero ser porta-voz dos excluídos do séquito religioso, nem tomar partido das causas doutrinárias da fé, o intuito aqui é argumentar, e se questionar, por que num estado que a liberdade religiosa é ratificada em legislação, "por que" ainda vemos símbolos religiosos em monumentos, parques, entradas de cidades com frases subliminares?
Sim fomos catequizados e colonizados por cristãos, mas em tempos modernos, onde a religião se funde com o marketing, fica difícil acreditar que os idealizadores dessa premissa religiosa, estejam agindo por pura escolha de fé, e não por motivações políticas.

" Nós temos a religião suficiente para nos odiarmos, mas não temos a que baste para nos amarmos uns aos outros"
           "Jonathan Swift"

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Inquiridor

Nesse estado laico
Imprudente é ser ateu
O deísmo dessa gente
Irrita até o mais clérigo
Cuja fé comprometeu.

Dessa turba, sou o pastor
Cujo texto compilei
Transformando o medo em arma
Auxiliado pela história
Um fiel exército arregimentei.

Daqui e de lá, elementos copiei
Criei os códigos, moldei o rio
Mas percebi erroneamente
Que o amor não encaixa
Nessa pirâmide de Maslow
E o meu tutor celestial
Destrói a vela e apaga o pavio.

Por: Mauricio Legionario Soares




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