Poesia exige neuro conexões!! Muitas!!
Com o mundo, com o trabalho, com a vida social, afetiva, etc.
É dessas relações, que o artista da caneta, extrai sua mineralizante inspiração, para transformá-las em manuscritos. Digo mineralizante, porque às vezes ela empedra.
E criamos um hiato, uma acefalia literária que só pode ser retomada com muita leitura.
Bom vamos ao que interessa né!!
Boa Leitura!!!
A menina que fabricava manhãs
Saiu de casa...
Aurora a seguiu alaranjada
O expresso foi seu casaco
E o matutino dia...
Arremessou-se num abraço.
As cores do dia
Paletaram sua íris
Com as geométricas cadências
Das lojas e suas vitrines
Vestidos, bolos, e pães
E colher suja no pires
Era preciso...
Uma novena de “obrigados”
Para aquela manhã sinestésica
Não cair na rede do sol
Não dar fuga aos desabrigados
Assim Camila se foi...
Vendo o ar fresco
Ser exterminado
Pelo poder da ânsia e da pressa
Pela ópera do olhar do descaso
Correndo louca para alcançar
O ônibus lotado
Com destino ao novo passado.
Adubado
Eu sentei...
Em cima da montanha
De palavras tortas
E dormi...
Ao lado de um pronome
Que como um cavalo, trota.
Eram todas feitas...
Para você, seu intelecto
Sem design, sem álcool, ou fel
Mas quando misturadas no afeto
Faziam do nosso amor, um bordel.
Até queríamos arrotar flores
Mas os crisântemos, e as rosas
Ainda assim, com toda sua prosa
Insistem em perpetuar à sua moda
Os espinhos das fases de outrora.
Venha você, aqui comigo
Capinar nossos cérebros
Tirar daninha erva do jardim
Pois mesmo que rosas se plantem
Adube-as com estrume de querubim.
O trabalho A menina que fabricava manhãs e Adubado de Mauricio Legionario Soares está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://legiaodepalavras.blogspot.com.br/.
Meu amor é um exelente escritor 💕
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