Olá leitores!!!
Voltando ao tema do blog, publico para vocês um poema que faz uma homenagem a um órgão do nosso corpo tantas vezes citados nos poemas, e que sofre como um cão com a chegada, e a partida de um amor.
Se o cérebro tivesse alma própria, com certeza iríamos testemunhar uma briga interna entre esses órgãos, para ver quem legitimaria primeiro o amor. O que é inquestionável é que o coração, recebe todos os impactos "adrenalísticos" possíveis, enquanto o cérebro que é o grande "mainframe" da informação, fica relegado ao segundo plano. Pra tirar a dúvida,é só pesquisar: quantas vezes a palavra coração é citada nos poemas de novos e velhos alfarrábios, e quantas vezes o cérebro é citado!
Citando Neruda:
"Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida"
© Copyright 2013 por Legião de Palavras. Todos os direitos reservados.
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Um júbilo apenas
E o coração revoltoso
Da armada renunciou
Retornou cheio de chagas
Que a campanha pífia amargou.
Um caldo rubro
Uma torpe sopa
Dessa sístole descompassada
Que rege orgânica orquestra
E desobedece o anfitrião
Deixa a ópera canhestra.
Uma química atemporal
Que latrocina os sentidos
Que infere a razão
Doutrina sem ciência
Comanda sem auferir
Um sofrimento sem penitência.
O forno encefálico
Não subsidia tal veemência
De calor e umidade
Para o cardíaco atleta
Que compete aqui dentro
Que se amarra ao sentimento
E que um dia à contragosto
Romperá o lacre do amor agourento.
Por: Mauricio Legionário Soares
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Baseado no trabalho disponível em www.legiaodepalavras.blogspot.com.br.